Top 26: Campanhas sociais que não deram certo em “Amor à Vida”
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Top 26: Campanhas sociais que não deram certo em “Amor à Vida”
Achei esse texto bem à cara da Mara, apesar de ser muito longo:
Walcyr Carrasco aproveitou o fato de escrever uma novela das 21h, tradicionalmente o programa mais assistido do Brasil, para promover diversas campanhas sociais em sua novela. Assuntos polêmicos e questões ignoradas pelo governo foram inseridas na trama do hospital San Magno na esperança de criar um debate entre público e autoridades. O problema é que… nenhuma campanha de “Amor à Vida” emplacou. Vamos ver um apanhado geral de todas elas?
#01- Lúpus
Como era pra ser: Paulinha (Klara Castanho) tem lúpus, uma doença rara que é o sonho de diagnóstico do doutor House. Com o passar dos capítulos, o autor mostraria as dificuldades dos portadores da doença, e a insistência de Paloma (Paolla Oliveira) em incentivar pesquisas sobre o Lúpus revelaria como o Brasil está atrasado nesse tipo de campo.
Como aconteceu: A trama da Paulinha arrastou-se dramaticamente por duas semanas, Paloma surtou mais que apresentador de programa policial e depois todo mundo se esqueceu da doença da menina, lembrada apenas em algumas ocasiões. As tais pesquisas sobre o Lúpus acabaram servindo apenas para deixar Paloma ainda mais chata, porque ela queria salvar as finanças do hospital incentivando o estudo da doença que -olha só que coincidência- sua filha tinha e seria a maior beneficiária.
#02- Câncer de Nicole
Como era pra ser: Nicole (Marina Ruy Barbosa) seria diagnosticada com Doença de Hodgkin, e o autor mostraria a dura vida de uma garota com câncer em meio ao primeiro amor.
Como aconteceu: A atriz se recusou a raspar a cabeça e o autor escreveu uma morte para a personagem. Detalhe 1: ela morreu de desgosto, e não de câncer. Detalhe 2: a Doença de Hodgkin é branda e tem 90% de chance de cura. Ou seja, mostrando a morte da personagem, Walcyr Carrasco, na verdade, prestou um desserviço ao público.
#03- Preconceito contra gordos
Como era pra ser: Perséfone (Fabiana Karla) é uma enfermeira obesa e é constantemente motivo de chacota entre os outros personagens da novela. Ao se casar, a família do marido se coloca contra o casamento com uma moça gorda. Assim, “Amor à Vida” tinha a intenção de mostrar a difícil vida dos gordinhos.
Como aconteceu: Ninguém levou a sério a questão do preconceito contra gordos (exceto os próprios gordos, revoltados com a abordagem absurda do tema). Para piorar, a tal família preconceituosa com a Perséfone tem uma filha austista vítima de muito preconceito, então CADÊ A COERÊNCIA???
#04- Alcoolismo
Como era pra ser: Vívian (Ângela Dip) é a dona de um bar e foi internada com cirrose no San Magno. Através de visitas no AA, Vivian seria o exemplo para tantos brasileiros que sofrem desse vício do álcool.
Como aconteceu: A trama da dona de bar alcoólica durou apenas dois capítulos (porque Walcyr precisava enrolar) e ninguém comprou muito o drama da figurante. Às vezes ela tenta beber um copo, mas aí entra logo um personagem chato em cena com uma lição de moral mais didática e chata que panfleto do Ministério da Saúde.
#05- AIDS (feat. Câncer)
Como era pra ser: Inaiá (Raquel Villar) descobriu ter AIDS e um câncer raro, então a novela fomentaria um debate a respeito da DST, além de mostrar como o vírus HIV não é um problema exclusivo dos homossexuais.
Como aconteceu: A AIDS de Inaiá serviu apenas para ela ser expulsa da casa de um médico figurante e cair nos braços do psicólogo figurante. A tal campanha pela prevenção da AIDS acabou ficando em apenas um diálogo chato de Lutero (Ary Fontoura).
#06- Autismo
Como era pra ser: Com uma personagem autista como Linda (Bruna Linzmeyer), a novela poderia ter abordado o tratamento e como a sociedade é preconceituosa com os autistas.
Como aconteceu: O tal tratamento acabou sendo botar Linda numa esteira de academia durante dois meses de “Amor à Vida” e o maior preconceito veio de sua própria mãe. Aí o Walcyr Carrasco decidiu enfiar o advogado Rafael (Rainer Cadete) para ter um romance com Linda, algo proibido pelas leis brasileiras e não recomendado nem mesmo para estudiosos do autismo. Mas quem liga, né? Vamos botar esse advogado com problemas cognitivos namorando essa autista que tá beleza!
#07- Primeira vez
Como era pra ser: Jonathan (Thalles Cabral) está naquela fase que só pensa na primeira transa, então caberia na novela algumas palavras sobre as dificuldades dos jovens e lições de educação sexual.
Como aconteceu: Fomos obrigados a ver uma cena longa e constrangedora envolvendo César (Antonio Fagundes) e Félix (Mateus Solano) dando uma aula sobre sexo seguro, tão natural quanto encontrarmos um dinossauro cruzando a Avenida Paulista.
#08- Incentivo à Leitura
Como era pra ser: Walcyr Carrasco quis aproveitar o público gigantesco de uma novela das nove para mostrar como a leitura é algo importante e comum, então colocou diversos personagens lendo e recomendando livros durante as cenas.
Como aconteceu: O incentivo à leitura virou uma grande piada, e os personagens recomendam romances no meio de cenas de briga, cenas de amor. Faltou só Paloma recomendar o “Kamasutra” ao Bruno (Malvino Salvador) no meio do sexo…
#09- Barriga Solidária
Como era pra ser: Niko (Thiago Fragoso) e Eron (Marcello Antony) queriam ter um filho, então procuraram alguém para gestar uma criança. Walcyr mostraria então as dificuldades da lei, os conflitos de interesses entre o desejo da barriga solidária e os pais homossexuais.
Como aconteceu: Amarilys (Danielle Winits) virou uma vilã psicopata, quase uma madrasta da Branca de Neve. Todo a conversa sobre barriga solidária foi jogada na caçamba porque o público queria mais ver o circo pegando fogo na casa dos gays.
#10- Adoção de Crianças
Como era pra ser: Niko (Thiago Fragoso) e Eron (Marcello Antony) queriam ter um filho, então procuraram
alguém para gestar
uma criança adotar. Walcyr mostraria então as dificuldades da lei, os conflitos de interesses entre o desejo da
barriga solidária
lei e os pais homossexuais.
Como aconteceu: A adoção correu sem problemas e sem burocracia. Coerência com a realidade para quê, né?
#11- Racismo
Como era pra ser: Walcyr Carrasco não colocou nenhum personagem negro no começo da novela para criticar como a etnia se encontra pouco representada em cargos que exigem um nível de escolaridade maior.
Como aconteceu: Ah? O que foi, produção? O Walcyr apenas se esqueceu de colocar atores negros na novela mesmo? Nossa, sorte que depois ele saiu enfiando diversos figurantes da etnia para disfarçar a baita gafe, né?
#12- Incesto
Como era pra ser: Com o namoro entre Herbert (José Wilker) e Gina (Carolina Kasting), supostamente pai e filha, Walcyr Carrasco flertaria com o assunto do incesto, um tema sempre muito polêmico.
Como aconteceu: Depois da reação de nojo do público a respeito do incesto, Walcyr arregou e falou que Herbert não é pai de Gina, colocando a menina para fazer par romântico com outro ator. Agora, na reta final, Ordália (Eliane Giardini) dá pra trás mais uma vez e falou que pode ser. Na dúvida, continuamos achando nojento aqueles dois juntos.
#13- Evangélicos
Como era pra ser: Valdirene (Tatá Werneck) seria uma periguete que se converteria, e se tornaria uma cantora Gospel de sucesso. Assim, Walcyr poderia mostrar como os evangélicos vêm ganhando espaço na sociedade.
Como aconteceu: Valdirene se mantém periguete até hoje e as duas evangélicas da recepção do San Magno são umas malas que ofendem os outros personagens e distribuem indistintamente bíblias tiradas de sabe-se-lá-onde para os transeuntes. Depois, surgiu uma igreja evangélica surreal no bairro pobre e fez praticamente uma lavagem cerebral na Gina, deixando-a com ainda menos personalidade.
#14- Diferença Social em Relacionamentos
Como era pra ser: Com casais formados por patrões e empregados, haveria uma discussão sobre a função das castas sociais da atualidade, podendo fazer praticamente uma nova Revolução Francesa.
Como aconteceu: Ninguém ligou muito para a diferença de Bruno e Paloma, ou então Pilar (Susana Vieira) e Maciel (Kiko Pissolato) se pegando. Quer dizer, as imagens da personagem transando com o motorista assombram até hoje minha mente.
#15- Amor na Terceira Idade
Como era pra ser: Poderiam os idosos terem relacionamentos amorosos como os jovens? Alguém da terceira idade é praticamente um inválido? Vamos discutir sobre os idosos do nosso Brasil.
Como aconteceu: Bernarda (Nathália Thimberg) foi pra cama com Lutero (Ary Fontoura) e depois sambou na cara das recalcadas quando voltou pra casa. “Funciona sim!”disse a vovó safadinha para o neto e a filha. Tirando o diálogo constrangedor, o amor na terceira idade não chamou a atenção.
#16- Perigos de métodos arcaicos de Psiquiatria
Como era pra ser: Paloma foi internada em uma clínica psiquiátrica de método antiquado, envolvendo choque elétrico e tudo mais. Uma ótima chance para se discutir os caminhos da moderna psiquiatria e o tratamento de pessoas com distúrbios mentais.
Como aconteceu: Todo o debate foi ralo abaixo quandoLutero invadiu o hospital psiquiátrico, distraindo a dona do lugar arremessando seus livros da estante, e sequestrou Paloma. Desde então, ninguém mais citou aqueles momentos (literalmente) chocantes.
#17- Bissexualidade
Como era pra ser: Eron, ao contrário de Niko e Félix, gosta tanto de homens quanto de mulheres. Assim, o debate dessa vez seria a respeito da bissexualidade, uma condição que muitas pessoas não acreditam que possa existir.
Como aconteceu: Um dia Félix falou “Ele é bi? Só se for uma BI…chona!” e aí acabou o debate sério sobre a bissexualidade.
#18- Envelhecimento de um Médico
Como era pra ser: Lutero perdeu seu posto no San Magno pois não mantinha mais a firmeza nas mãos. Ótima oportunidade para falar sobre o caso dos médicos que chegam a uma idade que os impossibilitam de trabalhar como antes.
Como aconteceu: O caso foi esquecido, até hoje fazem piadas envolvendo a mão trêmula de Lutero e ninguém mais se importa com o núcleo médico.
#19- Sadomasoquismo
Como era pra ser: Marilda (Renata Castro Barbosa) aparecia em todas as cenas com marcas no corpo, e os outros funcionários pensavam ser caso de agressão doméstica. Depois, descobrimos que Marilda e seu namorado eram adeptos de Sadomasoquismo, e assim tal prática poderia vir a ser melhor difundida no Brasil através da novela.
Como aconteceu: Walcyr Carrasco não soube gerenciar a história e abandonou o sadomasoquismo, voltando para a agressão doméstica.
#20- Diferença de Idade
Como era pra ser: Joana (Bel Kutner) começou a namorar Luciano (Lucas Romano), e foi julgada por ser mais velha que o novinho. Ótima desculpa para falar da diferença de idade.
Como aconteceu: Todo mundo ignorou a diferença de idade quando o safado começou a extorquir dinheiro da namorada.
#21- Dupla Personalidade
Como era pra ser: Atílio (Luis Mello) sofreu um acidente e foi parar no subúrbio, onde perdeu a memória e adotou uma identidade mais safada. E agora, o que fazer com uma pessoa com dois lados distintos? Interessante, né?
Como aconteceu: Atílio está até hoje enrolando pra resolver seu problema. Bem, pelo menos a novela está representando bem a demora para marcar consultas.
#22- Preconceito contra o Funk
Como era pra ser: Carlito (Anderson di Rizzi) se torna um cantor de funk por acidente e faz sucesso. Duas enfermeiras do San Magno abandonam a carreira na medicina para se dedicarem à dança nos show dele. Assim, o funk seria abordado como uma maneira alternativa de se conseguir êxito profissional.
Como aconteceu: O funk do Carlito é tão chato que até mesmo os funkeiros passaram a ter ódio do gênero musical.
#23- Virgindade
Como era pra ser: Perséfone (p***a, de novo ela aparece aqui???) é uma virgem com mais de trinta anos, e assim Walcyr poderia mostrar a vida dessas pessoas que, por algum motivo, não tiveram uma relação sexual mesmo passando das 3 décadas de existência.
Como aconteceu: A virgindade de Perséfone acabou sendo associada à gordura dela, e não à chatice. Desse jeito, ela ficou apenas com o plot da obesidade.
#24- Mania de Limpeza
Como era pra ser: Laerte (Pierre Baitelli) tem problemas com louça suja. Já entenderam a dinâmica desse post, né? Era a oportunidade de se falar sobre TOC.
Como aconteceu: A namorada de Laerte pegou AIDS e ele a botou pra fora de casa, chamando-a de “xícara suja”.
#25- Judeus x Palestinos
Como era pra ser: Rebeca (Paula Braun) e Pérsio (Mouhamed Harfouch) vivem um romance proibido por causa de suas religiões opostas. Será que os problemas religiosos ainda têm espaço em um mundo tão moderno e avançado como o nosso?
Como aconteceu: Eles são tão irrelevantes na novela que ninguém nem entendeu o problema.
#26- Assédio Moral
Como era pra ser: Félix chamava a sua funcionária de “cadela”, propiciando o debate a respeito do assédio moral e maus tratos a trabalhadores em empresas.
Como aconteceu: A funcionária não denunciou Félix e apenas o chamou de “cachorro”. Parabéns, mulher, você é uma vitoriosa na Jumentolândia.
Fonte
Walcyr Carrasco aproveitou o fato de escrever uma novela das 21h, tradicionalmente o programa mais assistido do Brasil, para promover diversas campanhas sociais em sua novela. Assuntos polêmicos e questões ignoradas pelo governo foram inseridas na trama do hospital San Magno na esperança de criar um debate entre público e autoridades. O problema é que… nenhuma campanha de “Amor à Vida” emplacou. Vamos ver um apanhado geral de todas elas?
#01- Lúpus
Como era pra ser: Paulinha (Klara Castanho) tem lúpus, uma doença rara que é o sonho de diagnóstico do doutor House. Com o passar dos capítulos, o autor mostraria as dificuldades dos portadores da doença, e a insistência de Paloma (Paolla Oliveira) em incentivar pesquisas sobre o Lúpus revelaria como o Brasil está atrasado nesse tipo de campo.
Como aconteceu: A trama da Paulinha arrastou-se dramaticamente por duas semanas, Paloma surtou mais que apresentador de programa policial e depois todo mundo se esqueceu da doença da menina, lembrada apenas em algumas ocasiões. As tais pesquisas sobre o Lúpus acabaram servindo apenas para deixar Paloma ainda mais chata, porque ela queria salvar as finanças do hospital incentivando o estudo da doença que -olha só que coincidência- sua filha tinha e seria a maior beneficiária.
#02- Câncer de Nicole
Como era pra ser: Nicole (Marina Ruy Barbosa) seria diagnosticada com Doença de Hodgkin, e o autor mostraria a dura vida de uma garota com câncer em meio ao primeiro amor.
Como aconteceu: A atriz se recusou a raspar a cabeça e o autor escreveu uma morte para a personagem. Detalhe 1: ela morreu de desgosto, e não de câncer. Detalhe 2: a Doença de Hodgkin é branda e tem 90% de chance de cura. Ou seja, mostrando a morte da personagem, Walcyr Carrasco, na verdade, prestou um desserviço ao público.
#03- Preconceito contra gordos
Como era pra ser: Perséfone (Fabiana Karla) é uma enfermeira obesa e é constantemente motivo de chacota entre os outros personagens da novela. Ao se casar, a família do marido se coloca contra o casamento com uma moça gorda. Assim, “Amor à Vida” tinha a intenção de mostrar a difícil vida dos gordinhos.
Como aconteceu: Ninguém levou a sério a questão do preconceito contra gordos (exceto os próprios gordos, revoltados com a abordagem absurda do tema). Para piorar, a tal família preconceituosa com a Perséfone tem uma filha austista vítima de muito preconceito, então CADÊ A COERÊNCIA???
#04- Alcoolismo
Como era pra ser: Vívian (Ângela Dip) é a dona de um bar e foi internada com cirrose no San Magno. Através de visitas no AA, Vivian seria o exemplo para tantos brasileiros que sofrem desse vício do álcool.
Como aconteceu: A trama da dona de bar alcoólica durou apenas dois capítulos (porque Walcyr precisava enrolar) e ninguém comprou muito o drama da figurante. Às vezes ela tenta beber um copo, mas aí entra logo um personagem chato em cena com uma lição de moral mais didática e chata que panfleto do Ministério da Saúde.
#05- AIDS (feat. Câncer)
Como era pra ser: Inaiá (Raquel Villar) descobriu ter AIDS e um câncer raro, então a novela fomentaria um debate a respeito da DST, além de mostrar como o vírus HIV não é um problema exclusivo dos homossexuais.
Como aconteceu: A AIDS de Inaiá serviu apenas para ela ser expulsa da casa de um médico figurante e cair nos braços do psicólogo figurante. A tal campanha pela prevenção da AIDS acabou ficando em apenas um diálogo chato de Lutero (Ary Fontoura).
#06- Autismo
Como era pra ser: Com uma personagem autista como Linda (Bruna Linzmeyer), a novela poderia ter abordado o tratamento e como a sociedade é preconceituosa com os autistas.
Como aconteceu: O tal tratamento acabou sendo botar Linda numa esteira de academia durante dois meses de “Amor à Vida” e o maior preconceito veio de sua própria mãe. Aí o Walcyr Carrasco decidiu enfiar o advogado Rafael (Rainer Cadete) para ter um romance com Linda, algo proibido pelas leis brasileiras e não recomendado nem mesmo para estudiosos do autismo. Mas quem liga, né? Vamos botar esse advogado com problemas cognitivos namorando essa autista que tá beleza!
#07- Primeira vez
Como era pra ser: Jonathan (Thalles Cabral) está naquela fase que só pensa na primeira transa, então caberia na novela algumas palavras sobre as dificuldades dos jovens e lições de educação sexual.
Como aconteceu: Fomos obrigados a ver uma cena longa e constrangedora envolvendo César (Antonio Fagundes) e Félix (Mateus Solano) dando uma aula sobre sexo seguro, tão natural quanto encontrarmos um dinossauro cruzando a Avenida Paulista.
#08- Incentivo à Leitura
Como era pra ser: Walcyr Carrasco quis aproveitar o público gigantesco de uma novela das nove para mostrar como a leitura é algo importante e comum, então colocou diversos personagens lendo e recomendando livros durante as cenas.
Como aconteceu: O incentivo à leitura virou uma grande piada, e os personagens recomendam romances no meio de cenas de briga, cenas de amor. Faltou só Paloma recomendar o “Kamasutra” ao Bruno (Malvino Salvador) no meio do sexo…
#09- Barriga Solidária
Como era pra ser: Niko (Thiago Fragoso) e Eron (Marcello Antony) queriam ter um filho, então procuraram alguém para gestar uma criança. Walcyr mostraria então as dificuldades da lei, os conflitos de interesses entre o desejo da barriga solidária e os pais homossexuais.
Como aconteceu: Amarilys (Danielle Winits) virou uma vilã psicopata, quase uma madrasta da Branca de Neve. Todo a conversa sobre barriga solidária foi jogada na caçamba porque o público queria mais ver o circo pegando fogo na casa dos gays.
#10- Adoção de Crianças
Como era pra ser: Niko (Thiago Fragoso) e Eron (Marcello Antony) queriam ter um filho, então procuraram
alguém para gestar
uma criança adotar. Walcyr mostraria então as dificuldades da lei, os conflitos de interesses entre o desejo da
barriga solidária
lei e os pais homossexuais.
Como aconteceu: A adoção correu sem problemas e sem burocracia. Coerência com a realidade para quê, né?
#11- Racismo
Como era pra ser: Walcyr Carrasco não colocou nenhum personagem negro no começo da novela para criticar como a etnia se encontra pouco representada em cargos que exigem um nível de escolaridade maior.
Como aconteceu: Ah? O que foi, produção? O Walcyr apenas se esqueceu de colocar atores negros na novela mesmo? Nossa, sorte que depois ele saiu enfiando diversos figurantes da etnia para disfarçar a baita gafe, né?
#12- Incesto
Como era pra ser: Com o namoro entre Herbert (José Wilker) e Gina (Carolina Kasting), supostamente pai e filha, Walcyr Carrasco flertaria com o assunto do incesto, um tema sempre muito polêmico.
Como aconteceu: Depois da reação de nojo do público a respeito do incesto, Walcyr arregou e falou que Herbert não é pai de Gina, colocando a menina para fazer par romântico com outro ator. Agora, na reta final, Ordália (Eliane Giardini) dá pra trás mais uma vez e falou que pode ser. Na dúvida, continuamos achando nojento aqueles dois juntos.
#13- Evangélicos
Como era pra ser: Valdirene (Tatá Werneck) seria uma periguete que se converteria, e se tornaria uma cantora Gospel de sucesso. Assim, Walcyr poderia mostrar como os evangélicos vêm ganhando espaço na sociedade.
Como aconteceu: Valdirene se mantém periguete até hoje e as duas evangélicas da recepção do San Magno são umas malas que ofendem os outros personagens e distribuem indistintamente bíblias tiradas de sabe-se-lá-onde para os transeuntes. Depois, surgiu uma igreja evangélica surreal no bairro pobre e fez praticamente uma lavagem cerebral na Gina, deixando-a com ainda menos personalidade.
#14- Diferença Social em Relacionamentos
Como era pra ser: Com casais formados por patrões e empregados, haveria uma discussão sobre a função das castas sociais da atualidade, podendo fazer praticamente uma nova Revolução Francesa.
Como aconteceu: Ninguém ligou muito para a diferença de Bruno e Paloma, ou então Pilar (Susana Vieira) e Maciel (Kiko Pissolato) se pegando. Quer dizer, as imagens da personagem transando com o motorista assombram até hoje minha mente.
#15- Amor na Terceira Idade
Como era pra ser: Poderiam os idosos terem relacionamentos amorosos como os jovens? Alguém da terceira idade é praticamente um inválido? Vamos discutir sobre os idosos do nosso Brasil.
Como aconteceu: Bernarda (Nathália Thimberg) foi pra cama com Lutero (Ary Fontoura) e depois sambou na cara das recalcadas quando voltou pra casa. “Funciona sim!”disse a vovó safadinha para o neto e a filha. Tirando o diálogo constrangedor, o amor na terceira idade não chamou a atenção.
#16- Perigos de métodos arcaicos de Psiquiatria
Como era pra ser: Paloma foi internada em uma clínica psiquiátrica de método antiquado, envolvendo choque elétrico e tudo mais. Uma ótima chance para se discutir os caminhos da moderna psiquiatria e o tratamento de pessoas com distúrbios mentais.
Como aconteceu: Todo o debate foi ralo abaixo quandoLutero invadiu o hospital psiquiátrico, distraindo a dona do lugar arremessando seus livros da estante, e sequestrou Paloma. Desde então, ninguém mais citou aqueles momentos (literalmente) chocantes.
#17- Bissexualidade
Como era pra ser: Eron, ao contrário de Niko e Félix, gosta tanto de homens quanto de mulheres. Assim, o debate dessa vez seria a respeito da bissexualidade, uma condição que muitas pessoas não acreditam que possa existir.
Como aconteceu: Um dia Félix falou “Ele é bi? Só se for uma BI…chona!” e aí acabou o debate sério sobre a bissexualidade.
#18- Envelhecimento de um Médico
Como era pra ser: Lutero perdeu seu posto no San Magno pois não mantinha mais a firmeza nas mãos. Ótima oportunidade para falar sobre o caso dos médicos que chegam a uma idade que os impossibilitam de trabalhar como antes.
Como aconteceu: O caso foi esquecido, até hoje fazem piadas envolvendo a mão trêmula de Lutero e ninguém mais se importa com o núcleo médico.
#19- Sadomasoquismo
Como era pra ser: Marilda (Renata Castro Barbosa) aparecia em todas as cenas com marcas no corpo, e os outros funcionários pensavam ser caso de agressão doméstica. Depois, descobrimos que Marilda e seu namorado eram adeptos de Sadomasoquismo, e assim tal prática poderia vir a ser melhor difundida no Brasil através da novela.
Como aconteceu: Walcyr Carrasco não soube gerenciar a história e abandonou o sadomasoquismo, voltando para a agressão doméstica.
#20- Diferença de Idade
Como era pra ser: Joana (Bel Kutner) começou a namorar Luciano (Lucas Romano), e foi julgada por ser mais velha que o novinho. Ótima desculpa para falar da diferença de idade.
Como aconteceu: Todo mundo ignorou a diferença de idade quando o safado começou a extorquir dinheiro da namorada.
#21- Dupla Personalidade
Como era pra ser: Atílio (Luis Mello) sofreu um acidente e foi parar no subúrbio, onde perdeu a memória e adotou uma identidade mais safada. E agora, o que fazer com uma pessoa com dois lados distintos? Interessante, né?
Como aconteceu: Atílio está até hoje enrolando pra resolver seu problema. Bem, pelo menos a novela está representando bem a demora para marcar consultas.
#22- Preconceito contra o Funk
Como era pra ser: Carlito (Anderson di Rizzi) se torna um cantor de funk por acidente e faz sucesso. Duas enfermeiras do San Magno abandonam a carreira na medicina para se dedicarem à dança nos show dele. Assim, o funk seria abordado como uma maneira alternativa de se conseguir êxito profissional.
Como aconteceu: O funk do Carlito é tão chato que até mesmo os funkeiros passaram a ter ódio do gênero musical.
#23- Virgindade
Como era pra ser: Perséfone (p***a, de novo ela aparece aqui???) é uma virgem com mais de trinta anos, e assim Walcyr poderia mostrar a vida dessas pessoas que, por algum motivo, não tiveram uma relação sexual mesmo passando das 3 décadas de existência.
Como aconteceu: A virgindade de Perséfone acabou sendo associada à gordura dela, e não à chatice. Desse jeito, ela ficou apenas com o plot da obesidade.
#24- Mania de Limpeza
Como era pra ser: Laerte (Pierre Baitelli) tem problemas com louça suja. Já entenderam a dinâmica desse post, né? Era a oportunidade de se falar sobre TOC.
Como aconteceu: A namorada de Laerte pegou AIDS e ele a botou pra fora de casa, chamando-a de “xícara suja”.
#25- Judeus x Palestinos
Como era pra ser: Rebeca (Paula Braun) e Pérsio (Mouhamed Harfouch) vivem um romance proibido por causa de suas religiões opostas. Será que os problemas religiosos ainda têm espaço em um mundo tão moderno e avançado como o nosso?
Como aconteceu: Eles são tão irrelevantes na novela que ninguém nem entendeu o problema.
#26- Assédio Moral
Como era pra ser: Félix chamava a sua funcionária de “cadela”, propiciando o debate a respeito do assédio moral e maus tratos a trabalhadores em empresas.
Como aconteceu: A funcionária não denunciou Félix e apenas o chamou de “cachorro”. Parabéns, mulher, você é uma vitoriosa na Jumentolândia.
Fonte
Re: Top 26: Campanhas sociais que não deram certo em “Amor à Vida”
Realmente lembra os textos do MDOM.
Agora, só falta as tags que a Mara costumava colocar.
Agora, só falta as tags que a Mara costumava colocar.
Dylan Dog- Mensagens : 26
Data de inscrição : 20/01/2014
Localização : 7 Craven Road
Re: Top 26: Campanhas sociais que não deram certo em “Amor à Vida”
Perfeito, só faltaram as tags, eu pensei em sugerir algumas coisas, mas teria que ser algo relacionado a novela e os personagens...
E nossa, 26 tentativas fracassadas, ou o senhor Walcyr é incompetente, ou não tem fibra moral para levar adiante mesmo com o risco de perder audiência...
E nossa, 26 tentativas fracassadas, ou o senhor Walcyr é incompetente, ou não tem fibra moral para levar adiante mesmo com o risco de perder audiência...
Fellipe Kajelani- Mensagens : 50
Data de inscrição : 13/01/2014
Idade : 35
Localização : Avalon, Grã Bretanha
Re: Top 26: Campanhas sociais que não deram certo em “Amor à Vida”
Caramba só agora me toquei que eu tinha descoberto o blog de novelas da mara sem perceber
Re: Top 26: Campanhas sociais que não deram certo em “Amor à Vida”
Nossa, Jasque, isso foi mesmo uma jogada de sorte, hien? Você poderia ter sido aquele que desvendou o mistério! Heheheheheheheehe
Bom, acho justo que tenha créditos também, afinal, você encontrou ele, mesmo sem saber...
Bom, acho justo que tenha créditos também, afinal, você encontrou ele, mesmo sem saber...
Fellipe Kajelani- Mensagens : 50
Data de inscrição : 13/01/2014
Idade : 35
Localização : Avalon, Grã Bretanha
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